Em entrevista a ÉPOCA, o guitarrista da banda Restart fala sobre as críticas que recebe e defende a postura da banda
Para ele, "transgressor" é uma palavra que não cabe em nossa época |
ÉPOCA – No show que a nossa reportagem acompanhou, houve um protesto das fãs porque vocês não desceram para falar com elas. Isso incomoda vocês?
Pelu – Nessas passagens que a gente faz a gente sempre costuma passar pela porta, mas ali em Sorocaba não tinha condição de segurança. Foi uma situação meio extrema, a gente teve de sair com a van direto. Mas eu não concordo muito com esses protestos... nem elas, na verdade. É uma braveza momentânea, um nervosismo momentâneo. Uma puxa, outra vai atrás, as depois fica tudo bem. Na saída para São Paulo a gente falou com quem estava lá ainda, conversou um pouco. Acho que a galera entende. E para quem não entende, não tem nada que a gente possa fazer. Elas precisam ter um pouquinho de compreensão, não é uma má vontade nossa.
ÉPOCA – Em 2010 vocês receberam muitos elogios, mas também muitas críticas. Vocês se deixam afetar pelas críticas, ou se convencem com os elogios? Pelu – Nessas passagens que a gente faz a gente sempre costuma passar pela porta, mas ali em Sorocaba não tinha condição de segurança. Foi uma situação meio extrema, a gente teve de sair com a van direto. Mas eu não concordo muito com esses protestos... nem elas, na verdade. É uma braveza momentânea, um nervosismo momentâneo. Uma puxa, outra vai atrás, as depois fica tudo bem. Na saída para São Paulo a gente falou com quem estava lá ainda, conversou um pouco. Acho que a galera entende. E para quem não entende, não tem nada que a gente possa fazer. Elas precisam ter um pouquinho de compreensão, não é uma má vontade nossa.
Pelu – Acho que é mais perigoso se convencer com os elogios do que ficar chateado com as críticas. A gente procura manter sempre o pé no chão e usa as críticas para deixar a gente com a cabeça no lugar, para a gente não ficar se achando. É óbvio que muita gente vai criticar. E a gente gosta dessa divisão. Teve uma chamada da revista Billboard que dizia que o Restart é a banda mais amada e mais odiada do Brasil. Eu gosto desse radicalismo, eu acho que isso dá emoção para as coisas. Ou a galera gosta da gente ou a galera não gosta, não tem aquele pessoal meio-termo. Isso faz os shows serem maravilhosos, faz a galera estar sempre perto, e ao mesmo tempo faz a gente querer crescer muito, porque quando as críticas vêm, elas vêm bem duras, com o tamanho do fanatismo. A gente pensa: vamos melhorar para que as pessoas que criticam também vejam coisas bacanas.
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